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O Processo de Luto

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O Processo de Luto

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Vanessa Pinto Ribeiro ,Psicóloga, Santa Casa da Misericórdia de Marco de Canaveses

O luto é um processo e traduz-se numa reação natural a uma perda. Pode derivar de diversas situações que ocorrem durante a vida, como por exemplo, a morte de um ente querido, o fim de uma relação significativa/divórcio, o diagnóstico de uma doença grave. Os processos podem ser mais ou menos disfuncionais, variando consoante a intensidade, o vínculo, o contexto no qual aconteceu a perda e os sentimentos envolvidos. Desta forma, o luto traduz-se num processo que tem como objetivo a adaptação a uma nova realidade.

Cada indivíduo é único e consequentemente cada processo de luto também é. É essencial que quem vivencia um processo de luto seja tolerante consigo próprio, e que permita alternar os momentos de tristeza com momentos de distração e de prazer, sem sentimentos de culpa. É natural experienciar emoções intensas durante este processo, sendo fundamental respeitá-las e aceitá-las, uma vez que são emoções necessárias de serem vividas.

Assim, este é um processo que pode passar por vários momentos, entre eles estão a negação, o choque, a tristeza e a aceitação. Cada uma destas fases acarreta consigo sentimentos e comportamentos que são naturais deste processo. Deste modo, podem estar presentes sentimentos que variam desde a tristeza e culpa, à raiva e ansiedade. Quanto ao nível dos comportamentos, estes podem variar entre:

  • Incapacidade de tomar decisões;
  • Consumo de substâncias prejudiciais (i.e., álcool, tabaco, drogas);
  • Automedicação;
  • Desinteresse pelas atividades habituais;
  • Necessidade de chorar;
  • Distúrbios do sono (insónias);
  • Alterações do apetite (tanto pode ser redução, como aumento do mesmo);
  • Isolamento social;
  • Sonhos com a pessoa falecida.

Além de tudo isto, pode haver situações onde a instabilidade emocional afeta o funcionamento do corpo, refletindo-se em sintomas físicos, tais como um vazio no estômago, aperto no peito, nó na garganta, sensação de falta de ar, hipersensibilidade ao barulho.

Todos estes sinais e consequências variam tendo em conta o indivíduo e o seu processo de luto. É importante ter presente a ideia de que não existe um tempo certo ou uma forma correta de fazer um luto. Cada pessoa é diferente e reage, consequentemente, de forma diferente. Um luto considerado natural é aquele no qual se verifica uma diminuição progressiva do sofrimento com o passar do tempo e que não afeta a integridade física e/ou psicológica da pessoa. Em contrapartida, o luto patológico é aquele no qual se verifica uma intensificação física e emocional que origina um comportamento não adaptativo face à perda e que não atenua com o passar do tempo.

Nem sempre é possível gerir e lidar com as emoções sozinhos. O papel do psicólogo é fundamental neste tipo de processos, uma vez que permite ajudar o enlutado a lidar com a perda de forma mais adaptativa, proporcionando a reorganização das crenças relativamente a si mesmo e ao mundo. Para além disto, permite identificar e resolver os conflitos de separação que antecedem as fases do luto em cada pessoa, de forma a evitar a vivencia de um luto ausente, retardado, excessivo ou prolongado.